ONDE ESTAVAM ALGUMAS IGREJAS EVANGÉLICAS (PROTESTANTES) NO PERÍODO DA DITADURA MILITAR?
Por Edson Pereira Lopes
Confesso que após ter sido bombardeado pela mídia, sobretudo nos últimos dias, com relação à Ditadura Militar e a leitura do texto do Pastor Derval Basilio da IP Unida do Brasil, que tratou do tema: A sociedade Civil apoiou o golpe de 1964?, em forma de questionamento.
Tendo percebido que um outro olhar sobre as notícias é sobre a evidência positiva que se pretende dar a Presidente Dilma, já que, ela foi vítima do período. trata-se do uso de um momento da história brasileira, transformado em oportunidade para holofotes políticos. Aliás, muita coisa do que se fala, vende e se defende giram em tudo da política e do dinheiro. Dentre elas, a religião.
É neste quesito que tenho me perguntado, ao fazer referência um pouco antes, a Hittler, onde estava a Igreja Protestante, a qual viu atrocidades e mortandade disferida por ele aos judeus e outros grupos que não concordavam com seu governo. Na obra Treblinka, seu autor deixa claro que a sociedade alemã apoiou, de certa forma, os feitos do nazismo, mormente, quando apesar de enxergá-lo, nada fez, omitiu-se. Ainda que, o teólogo D. Bonhoefer que, a partir de sua perspectiva cristã, enfrentou os mandos e desmandos da imposição nazista e sua premiação foi a morte!
O que dizer de algumas comunidades protestantes do Brasil? Não podemos generalizar, visto que, alguns dos seus membros foram contrários ao período da Ditadura Militar e, segundo dados, da inquisição sem fogueira, foram perseguidos, depostos dos seus ministérios eclesiásticos, igrejas lacradas com cadeados, congressos de jovens proibidos.
E, já que estes clérigos dependiam só do sustento das suas Igrejas passaram fome e necessidade, e alguns deles até os porões da Ditadura conheceram, uma vez que, foram deletados por seus próprios "irmãos". Delação premiada com cargos, manutenção de emprego e outros privilégios eclesiásticos e isso tudo, sob a orientação das suas maiores lideranças eclesiásticas, as quais defenderam conflitos históricos em algumas ruas das grandes capitais brasileiras.
Eis o lado sombrio, vivenciado por denominações incentivadas por seus líderes, e mesmo que essas comunidades tivessem plena consciência de que, contrariavam um dos princípios fundamentais de Cristo: Amor ao próximo. Houve preferência em agradar seus líderes e desobedecer a Deus!
Mas, o grito por justiça continua e a Comissão da Verdade certamente apurará os fatos e essas comunidades terão de responder a sociedade brasileira. Responderão nesta vida e na próxima quando o supremo Juiz pedirá conta de todas as coisas: "Se o justo é punido na terra, quanto mais o perverso e o pecador!" (Provérbios 11.31).